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BOTTON-CHAMPALIMAUD PANCREATIC CENTRE, A OBRA

Foto do escritor: Engenho e ArteEngenho e Arte



HISTORIAL

O Edifício do Botton-Champalimaud Pancreatic Centre está a ser construído num terreno, cedido pela Administração do Porto de Lisboa, que era usado como parque de estacionamento e é bastante idêntico ao que já está construído. A pedra lioz, os janelões na fachada e as formas arredondadas, a fazer lembrar um barco, são elementos que se repetem.

A inspiração náutica está presente no Projecto, assinada pelo arquitecto João Nuno Laranjo. Nele se lê que o novo centro ocupará uma localização privilegiada na zona ribeirinha de Pedrouços e o seu relacionamento com o rio e o oceano, de onde as naus portuguesas partiram em busca do ‘desconhecido’” permitirá continuar “a estabelecer uma ponte inspiradora entre as Descobertas e a sempre actual epopeia das descobertas científicas”.


Esta ampliação da Fundação Champalimaud já está prevista desde o arranque do projecto, há sensivelmente onze anos. O Champalimaud Centre for the Unknown foi desenhado pelo arquitecto Charles Correa e abriu a 5 de Outubro de 2010, no centenário da Implantação da República. O projecto do novo edifício segue as orientações do plano esboçado por Correa, que morreu em 2015.


O pontapé inicial da ampliação foi dado no início de 2018, quando a Fundação anunciou uma parceria com Maurício e Charlotte Botton, da família fundadora da Danone, que se comprometeram a doar 50 milhões de euros para a obra.


O Botton-Champalimaud Pancreatic Centre tem três pisos à superfície, com uma fachada longa (153 metros de comprimento), mas mais baixa do que o edifício vizinho.

Ali funcionará um centro hospitalar com 48 camas, postos de quimioterapia, gabinetes médicos, salas de exames, laboratórios e ainda um centro cirúrgico. O projecto prevê igualmente dois pisos subterrâneos destinados a 366 lugares de estacionamento e áreas técnicas. No total, ambos os edifícios terão 821 lugares de estacionamento.


Foi considerado no Projecto, a manutenção das vistas a partir da Capela de São Jerónimo, do Alto do Duque e da Outra Banda, que estão protegidas pelo Plano Director Municipal. Considerando a já existência do edifício principal’ da Fundação Champalimaud (mais alto e de maior volumetria) e dos edifícios da Docapesca, mantém-se a salvaguardada a actual panorâmica existente.


ELEMENTOS ESTATÍSTICOS

  • Número de estacas da contenção periférica - 956 unidades;

  • Número de estacas estruturais - 603 unidades;

  • Área total de construção - 50.000m2;

  • Custo total da Empreitada até ao presente momento –70.684.211,17€;

  • Volume aproximado do betão gasto - 56.006,13 m3;

  • Kg totais do aço aplicado - 2.705.593,60 kg;

  • Data Previsível de Inauguração – 5 de Outubro de 2021 – 111 anos após a implantação da República.



EMPRESAS PRINCIPAIS ENVOLVIDAS


  • Dono de Obra - Fundação D. Ana de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud

  • Coordenador de Projecto - PM7

  • Arquitecto Fachadas - Sachin Architec

  • Arquitecto Interiores - João Nuno Laranjo, Arquitectos

  • Estruturas - LNM

  • AVAC - Lusoclima

  • Águas e Esgotos - Campo de Água

  • Electricidade e GNT - Copreng

  • Gases Medicinais - Linde

  • Arquitectura Paisagística - Landscape

  • Fachadas - Skinde

  • Acústica - Acústica e Ambiente

  • Segurança contra Incêndios - Fer2Fire

  • Vídeo e Fotografia - WeFly

  • Fiscalização - CPM

  • Empreiteiro - Mota-Engil


PRINCIPAIS ACTIVIDADES ANTES DO INÍCIO DO INÍCIO


  • Desvio de Colector Ovóide

Houve necessidade de desviara um colector Pluvial Ovóide de grandes dimensões, que atravessava de Norte para Sul a área de Construção.

Seguem-se algumas fotografias desta actividade:




  • Desvio de Infra-estruturas Eléctricas e de Comunicação, Demolição de Portaria e Retirada do Depósito de Combustível

Anexamos fotografias das situações acima descritas:





CONTENÇÃO PERIFÉRICA


Atendendo ao elevado nível freático existente no local do Edifício houve necessidade de se criar ao longo do perímetro do edifício uma cortina de estacas secantes, alternando estacas Plásticas com estacas armadas.

Seguem-se algumas fotografias desta actividade:





ESTACAS ESTRUTURAIS


Todos o Edifício está assente em estacas estruturais

Seguem-se algumas fotografias desta actividade:





FOTOGRAFIAS DA EMPREITADA A FINAIS DE FEVEREIRO de 2021





VIDEOS

Botton Champalimaud Pancreatic Cancer Centre



EDIFICIO PRINCIPAL











Manuel Luís de Sequeira Bénard Guedes - Director da Fiscalização

(Eng.º Civil IST – Membro da OE N.º 15902 Sénior e Especialista em Engenharia Sanitária)

13 de Março de 2021



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2.488 visualizações5 comentários

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5 Comments


postmaster
Aug 29, 2021

À beira-mar? Diga-me que não entendo, é uma central nuclear ou, na melhor das hipóteses, um museu futurista? Não acredito em um hospital!

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feefloo.art
Aug 06, 2021

Acho este projeto muito triste em frente ao mar e estraga a vista para milhares de casas. teria sido mais honesto avisar e pedir a opinião da vizinhança antes de construí-la. as áreas da orla marítima devem ser preservadas e não edificáveis. lamentável.

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Joaquim Nogueira de Almeida
Joaquim Nogueira de Almeida
Aug 07, 2021
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Julgo que esta zona já tinha edificios há décadas e que os mesmos já "estragavam" a vista. A orla maritima mais que não edificável , deve ser "bem edificada", aliás como todo o resto do território. O problema da concentração urbana junto da costa deve ser combatido com medidas de atração nas zonas interiores, que não têm conseguido fazer grande parte por incompetência dos municipios.

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Joaquim Nogueira de Almeida
Joaquim Nogueira de Almeida
Mar 19, 2021

Excelente obra, que deve encher de orgulho a quem nela participa.

Parabens

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postmaster
Aug 29, 2021
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ENGENHO (sim) & ARTE (não)

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