Já olhou para o seu telemóvel e identificou-o como um verdadeiro PERIGO? Atenção que temos connosco um excelente portador de vírus, todo o cuidado é pouco...
Após diversos estudos realizados, os telemóveis foram identificados como hospedeiros de vários tipos de bactérias, fungos e vírus nocivos. A nossa dependência generalizada destes dispositivos exige uma reflexão cuidadosa sobre o seu potencial como meio de transmissão de patógenos perigosos.
Por que motivo se deve limpar os telemóveis regularmente?
A maioria das pessoas usa os seus dispositivos móveis tanto no trabalho como em lazer. Estamos a falar em dispositivos que podemos encontrar em quartos, cozinhas, casas de banho, entre outros locais de cariz pessoal. Juntando ainda a estes locais os transportes públicos ou os locais de trabalho, percebemos que um telefone está exposto a variadíssimos ambientes "ricos" em bactérias. Podemos assim concluir que são equipamentos que merecem o nosso melhor cuidado e atenção no que diz respeito à prevenção em pandemias.
O uso de telemóveis por profissionais de saúde, por exemplo, é uma potencial fonte de transmissão de infecções entre colegas de trabalho e pacientes. Devido a este factor, foi feita uma forte aposta e realizado um estudo, estudo esse que consistiu em recolher dados de vários equipamentos destes profissionais, fazendo a respectiva análise, identificando os vários patógenos encontrados.
A maior parte do trabalho realizado neste estudo incidiu sobre as bactérias. Ainda assim, não foram esquecidos os vírus, essa análise também foi feita. O que acha o leitor das conclusões obtidas? Pois é, fizeram o alarme soar... A presença de virus nos telemóveis dos profissionais de saúde é extremamente preocupante. A este facto e a juntar a facilidade e capacidade de um virus se manter vivo por um largo período de tempo neste tipo de equipamentos, podemos concluir que os telemóveis são facilmente uma "bomba relógio viral". Assim, está claro que práticas de higienização tanto pessoais como dos equipamentos devem ser impostas e entrar no nosso quotidiano.
Imaginemos agora que uma pessoa utiliza o telemóvel 100 vezes por dia, lavando as mãos pelo menos 20 segundos após cada utilização, isso significa que essa pessoa passará mais de meia hora do seu dia a lavar as mãos. Bastante tempo a lavar as mãos diria... Alguns dos profissionais de saúde deste estudo admitiram o uso de telemóveis em ambientes clínicos e, ocasionalmente, negligenciaram a higienização das mãos e telemóveis enquanto interagiam com os pacientes.
Se esta situação acontece com profissionais de saúde, mestres em precaução universal, profundamente cientes dos riscos dos patógenos que se alojam nas superfícies que tocam, imagine agora uma pessoa comum, as dificuldades que pode ter com a realidade da necessidade de higiene de superfícies e até mesmo dos telemóveis. Conclui-se que o risco fica exponenciado, alcançando patamares bem mais preocupantes.
Uma vez que as pessoas espalhadas por todo o mundo estão numa batalha constante para manter as suas casas limpas e livres de patógeneos, lutando ainda para se manterem a elas próprias o mais higiénicas possível, devido ao COVID-19, o tema da higiene dos telemóveis é mais que oportuno. O uso de mascara em espaços públicos fechados passou a ser obrigatório (quem diria, quando se ouviu dizer que o virus nunca chegaria a Portugal ou Brasil) luvas e gel desinfectante passaram a fazer parte do outfit diário, porque não ter especial atenção também ao nosso "quinto membro", o telemóvel?!
Existem muitos dados sobre quanto tempo o COVID-19 dura em diferentes superfícies e como é transmitido, mas como ainda há muito a ser aprendido sobre o vírus, medidas preventivas sobre o que já é conhecido podem ser muito úteis.
As evidências apontam para o facto de que os telemóveis são excelentes veículos para patógenos. Os patógenos, por sua vez, são combatidos pelo nosso sistema imunitário e, durante uma pandemia, obviamente é necessário ter um cuidado especial com a exposição a patógenos que o nosso corpo não está preparado para lidar. A higiene das mãos é um elemento essencial para se proteger contra o COVID-19, mas manter os nossos dispositivos móveis o mais limpos possível também é uma maneira de impedir a propagação de doenças.
Higiene de telemóveis
Sem limpeza, o uso de produtos químicos para desinfectar é nitidamente inútil. O desafio de aplicar este processo em duas etapas a um dispositivo electrónico, como o telemóvel, é, quiçá, desafiante. Desafiante porquê?! Todos sabemos que uma solução aquosa e produtos químicos podem danificar o dispositivo! Uma limpeza mal feita pode inclusive causar uma acumulação adicional de resíduos. Assim, é necessário ter em conta as ferramentas de limpeza indicadas, os agentes, e logicamente o tipo de telefone. Em baixo deixamos alguns conselhos passo a passo como limpar o seu telemóvel com segurança e de forma eficiente.
No caso de uma pandemia, especialmente para aqueles que são trabalhadores essenciais, assim como os que estão em maior risco de exposição por outras circunstâncias atenuantes, estas dicas podem ser seguidas quantas vezes forem necessárias. O importante é garantir que os nossos telemóveis não sejam portadores de patogéneos que poderão ser mortais para nós e para quem partilha o dia a dia connosco.
Lavar as mãos, limpar regularmente a casa e consciencializar-se dos perigos que se escondem nos nossos dispositivos, são formas de manter a segurança durante um período como o que atravessamos.
Mantenha-se seguro, tome medidas preventivas, acredite que assim, superará com sucesso estes tempos nunca por nós vividos.
6 passos para limpar um telemóvel
Consulte o manual de utilizador para obter instruções específicas para o seu telemóvel. Alguns telemóveis toleram certos produtos químicos que outros não.
Remova o capa protectora (caso a use) e desligue o equipamento. Aproveite e limpe a capa também.
Limpe o telemóvel. Isso removerá o biofilme[1] que prende os germes ao equipamento. Tenha especial atenção às fendas e ao ecrã. Use um pano macio, e caso o equipamento permita, humedeça o pano primeiro, usando água e sabão.
Use uma luz UV desenvolvida especificamente para a limpeza de equipamentos electrónicos. Este pode ser um bom investimento e uma maneira muito eficiente para higienizar o seu telemóvel.
Desinfecte o equipamento usando lenços de limpeza próprios para electrónicos, lenços com álcool a 70% (iPhone), Lysol ou Clorox.
Seque o telemóvel com um pano de micro-fibra.
6 coisas a evitar ao limpar um telemóvel
Não pulverize ou mergulhe o equipamento em água ou produtos químicos.
Evite molhar as aberturas do telemóvel, são sensíveis e podem danificar o equipamento.
Evite limpar com produtos químicos, como álcool de elevada concentração. Como indicado em cima, toalhetes, sabão e água são o caminho correcto.
Evite usar papel de cozinha, pode ficar preso nas fendas do telefone e atrair ainda mais sujidade.
Soprar para se ver livre de poeiras ou partículas, quem nunca?! Pois é, não o faça, evite ao máximo, este gesto exponência a propagação de patógenos no espaço.
Evite ao máximo pousar o telemóvel em superfícies fora de casa, foque-se que sempre que o utilizar deve ter as mãos higienizadas.
[1]Os biofilmes são comunidades biológicas com um elevado grau de organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas, coordenadas e funcionais
GOSTOU? então coloque um "gosto" e partilhe para os seus amigos
Tem uma história para partilhar? email EngenhoeArte@yahoo.com
ARTIGOS DA REDACÇÃO:
Comments