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SANDOMETAL DOA EQUIPAMENTO DE TRATAMENTO DE AR AO HOSPITAL S. JOSÉ


COM O AVANÇO DA PANDEMIA PROVOCADA PELO CORONAVIRUS COVID-19, TODAS AS SOLUÇÕES PARA MELHORARMOS A HIGIENIZAÇÃO DO AR NOS CENTROS HOSPITALARES SÃO VÁLIDOS E NECESSÁRIOS. NESSE SENTIDO A SANDOMETAL, EMPRESA DE FABRICO DE EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO DE AR, CONCEBEU E PRODUZIU 6 EQUIPAMENTOS MÓVEIS DE TRATAMENTO DE AR QUE OFERECEU AO HOSPITAL S. JOSÉ EM LISBOA


O Hospital de São José em Lisboa, opera num edifício construído no século XV, tendo sido inaugurado nos primeiros anos do século XVI, apresentando grandes condicionantes arquitetónicas à implementação de sistemas de ar condicionado em conformidade com os exigentes requisitos atuais aplicáveis. Esta situação contribui relevantemente para a situação atual de existência de zonas servidas por sistemas de ar condicionado com desempenho muito limitado e não adaptado à resposta que hoje se torna necessária e urgente face à atual situação de pandemia que atravessamos.


Para dar resposta às urgentes necessidades descritas, foi concebida pela NAVITAS uma solução expedita de muito simples e imediata implementação, solução que descrevemos de seguida. A sua muito rápida implementação foi possível devido à imediata e generosa disponibilidade da SANDOMETAL para fabricar, em tempo recorde, e doar ao hospital as máquinas concebidas. Foi ainda determinante a oferta de parte dos filtros HEPA necessários pela empresa VISTEON, a pedido do empreiteiro ARCLASSE.


Dado não ser possível em tempo e também em termos de logística de ocupação do espaço, implementar sistema de ventilação fixo dotado de ventiladores, redes de condutas e sistemas de controlo ativo de pressões e de caudais, foi concebida solução modular, portátil, constituída por múltiplas unidades portáteis de purificação do ar por recirculação e filtragem do ar em filtros HEPA. As unidades foram dimensionadas para conseguir 12 recirculações por hora de ar em salas de 20m2, requisito da norma “ANSI/ASHRAE/ASHE 170 Ventilation of Health Care Facilities” para quartos/enfermarias de isolamento de doentes com doenças infectocontagiosas transmissíveis por via aérea, AII (Airborne Infection Isolation) na sigla em língua inglesa.


Foi feita a seguinte especificação para as pequenas máquinas, a fabricar:

  • Caudal de ar: 200 l/s (720 m3/h);

  • Filtros de classe HEPA H13;

  • Ventilador de velocidade variável do tipo ecFan;

  • Alimentação monofásica através de ficha para ligar a tomada de parede normal, com terra;

  • Caixa de ventilação com aspiração frontal e insuflação superior, insuflando o ar na direção vertical e sentido ascendente;

  • Caixa de ventilação dotada de rodas para permitir a sua fácil movimentação;

  • Botão para regulação da velocidade do ventilador;

  • Interruptor de corte local.


A Sandometal fabricou seis máquinas e entregou-as ao serviço de urgências do Hospital de São José no dia 8 de abril, após o seu ensaio final na manhã do mesmo dia. Nos ensaios constatou-se que as máquinas movimentam o caudal especificado com o ventilador apenas a 40% da sua velocidade de rotação máxima, com um nível de ruído muito baixo, quase inaudível.



Após a entrega foi analisado com a direção de urgências os compartimentos onde se instalariam as máquinas e a melhor forma de as operar tendo sido estabelecido o seguinte procedimento:

  • Sala ocupada: operação na posição 4 (40% da velocidade máxima), ou a velocidade superior caso não provoque incómodo acústico;

  • Após desocupação: Colocar a máquina na velocidade 10 durante 10 minutos, com as portas fechadas e sala desocupada, para promover uma rápida purificação de todo o volume de ar da sala.


Dado existirem compartimentos com mais elevada geração de aerossóis, mas ocupação intermitente, o facto de as máquinas serem dotadas de rodas e, portanto, serem facilmente transportáveis, constitui uma importante vantagem pois permite operar as máquinas em contínuo levando-as para os compartimentos que, em cada momento, sejam mais críticos.


Para melhor perceber o fenómeno da transmissão por via aérea e a utilidade dos sistemas de AVAC para a redução da referida transmissão recomenda-se o estudo dos seguintes documentos:

  • “Uma análise sobre os modos de transmissão da COVID-19 à luz dos conceitos de Qualidade, do Ar Interior”, Manuel Gameiro da Silva, Universidade de Coimbra, 2020;

  • “ASHRAE Position Document on Airborne Infectious Diseases, published 2014, Revised 2020”.


Texto original e reproduzido na integra, da autoria Eng Carlos Lisboa do Gabinete de Projectos NAVITAS, numa colaboração com a SANDOMETAL.


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